sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ALVO PLÁSTICO

INTERFACE

AVALIAÇÃO PROCESSUAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE ARTES VISUAIS
LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS
POLO DE APARECIDA DE GOIÂNIA

DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO III
ORIENTADORA PEDAGÓGICA:
ACADÊMICA: MARIA DE FÁTIMA LOPES

AVALIAÇÃO PROCESSUAL
O início desta atividade me deixou bastante perturbada diante da situação proposta que era caminhar por ruas tão conhecidas procurando algum tipo de estranhamento. Levei um tempo para assimilar o que era pretendido, pois em minha cabeça era difícil tentar encontrar alguma coisa estranha que fosse nesse meu caminhar tão cotidiano e tão conhecido. Costumo dizer que até os malas aqui dessa região eu já conheço, mas aos poucos fui percebendo que o conhecimento que tenho da cidade, dos locais por onde passo são apenas superficiais, de fato, eu não conheço as pessoas, não falo com a maioria delas, apenas as vejo, sei o que fazem, mas não que pensam. Estranhamento maior foi o das pessoas que não entendiam porque eu estava fotografando meu percurso, a passarela, a pracinha e algumas paravam para perguntar se eu estava trabalhando para a prefeitura.
A escolha da porta de entrada partiu da idéia de tentar conhecer um pouco sobre o que as pessoas pensam a respeito da cidade, suas percepções sobre ela. Mas como eu iria fazer isso? Conversei com algumas pessoas a respeito nos locais onde freqüento para ver s surgia algumas idéias. Então, Após a leitura do texto da apostila fiquei bastante interessada na proposta desenvolvida pelo artista contemporâneo Antoni Miralda que desenvolveu um projeto chamado “sabores e línguas”, onde ele fazia uma palestra e dava um pratinho para as pessoas se expressarem. Decidi então que minha porta de entrada seria as pessoas que trabalham no centro de Aparecida, pessoas que trabalham nas instituições e no comércio e faria então uma proposta similar à de Miralda, onde eu colheria as impressões das pessoas sobre a cidade oferecendo-lhes um pratinho de papel para que se expressassem.
Percorri o centro de Aparecida falando informalmente com as pessoas sobre o projeto e buscando sua adesão. As pessoas me ouviam, falavam um pouco sobre a cidade, lembravam os tempos antigos de quando se mudaram para cá, mas quando eu propunha que fizessem um desenho, uma colagem ou uma pintura para expressar o que haviam dito a recusa era imediata, pois segundo a maioria ele não sabia fazer nada relacionado à arte. Mesmo com muitas negativas consegui um pequeno número de pessoas que se dispuseram a participar.
A elaboração da proposta foi bastante difícil, embora tenha ocorrido a discussão da mesma nos fóruns, onde participei ativamente, porque dentro de minha concepção esse planejamento deveria ter sido feito em primeira instância devido ao fato que na sala de aula, primeiro planejamos, depois executamos. Dificuldades a parte, recebemos orientação sobre a elaboração do mesmo durante o presencial onde as dúvidas foram esclarecidas. Ficou notório que minha maior dificuldade era referente às normas que deveriam ser aplicadas (ABNT) no registro do projeto e com as quais não tenho muita intimidade.
A realização da proposta ocorreu de forma tranqüila onde fiz a distribuição dos pratos e conversei mais um pouco com os participantes esclarecendo suas dúvidas e principalmente falando sobre o conceito de arte, pois ele ainda tem enraizado que a arte tem que ser bela, que desenho tem que ser acadêmico, pintura tem que ser comparável a Leonardo da Vinci. Tentei amenizar essa parte citando alguns artistas como Miralda,Yves Klein,Warhol, dentre outros.
A avaliação que faço desse processo é principalmente do crescimento que obtive, pois comecei às cegas, sem entender bem a proposta, e aos poucos fui assimilando o que deveria ser feito. Em relação à arte, observei que as pessoas foram e estão sendo castradas no seu processo criativo devido à falta de professores graduados na área. Uma das pessoas com quem conversei tem pavor de falar em ter que desenhar ou coloria alguma coisa, pois sua professora a criticava duramente pela falta de coordenação nos desenhos que pintava (diga-se de passagem, também passei por isso quando fazia o magistério, por ser canhota e me obrigarem a escrever com a mão direita perdi muito de minha coordenação e fui rechaçada pela minha professora de estágio, na época, que não admitia isso). Outro fator relevante é o conceito que as pessoas têm de arte e um fato quase constrangedor aconteceu quando eu recebia os pratos com os trabalhos em uma instituição, onde uma colega de departamento de uma participante do projeto fez uma crítica ao trabalho que ela entregava dizendo “e você chama isso de arte?”. Tive que interferir e fazer novo discurso sobre o conceito de arte que aprendi na faculdade.
Notei também a interferência do labor na produção artística, visto que tive que passar diversas vezes pelo mesmo local com as mesmas pessoas para ver se já havia terminado sua obra, mas o trabalho não permitia que elas tivessem tempo pra pensar e a inspiração necessária para a criação. A função que ocupam na sociedade e o grau de instrução também interferem na sua forma de criação, mostrando diferentes formas de percepção da cidade. Por onde passei as pessoas não tem conhecimento da Carta das Cidades Educadoras.

DEPOIMENTOS II

domingo, 14 de novembro de 2010

FOTOS DO PROJETO SABERES DO POVO







PROJETO SABERES DO POVO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE ARTES VISUAIS
LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS
POLO DE APARECIDA DE GOIÂNIA



I – APRESENTAÇÃO
O desenvolvimento da ação do projeto será baseado na obra do artista Antoni Miralda intitulado “Sabores e Línguas” e ocorrerá no centro de Aparecida de Goiânia com as pessoas que trabalham nas instituições públicas, no comércio e alunos do Colégio Estadual Dom Pedro I.
Antoni Miralda é um artista contemporâneo que tem na alimentação um dos vieses de sua obra, cujo tema é recorrente. Seu projeto “Sabores e Línguas” consiste num resgate, numa catação muito pessoal que o artista faz, pelas cidades as quais visita, de impressões sobre a cultura local. Ele faz uma palestra, expõe seu projeto e distribui, ao final pratos, em branco. Esses pratos deverão ser trabalhados pelos participantes e entregues para, em princípio, fazerem parte de exposições posteriores. Além da exposição dessa participação dos visitantes na própria bienal de São Paulo, tais peças foram expostas também em um museu na Espanha/Barcelona chama FoodCulturalMuseum.
Antoni Miralda dialoga com as questões da arte contemporânea quando utiliza um suporte simples como um prato de papel e visa a incorporação do expectador na construção da obra de arte: no lugar de um expectador passivo, existe um convite para que esse expectador passe à condição de criador, de propositor, de participador. Se o expectador não se dispõe a participar, a obra não será realizada, pois ela não é completada, concluída.
Esse projeto deriva dessa linha de pensamento fundamentando-se na Carta das Cidades Educadoras cuja máxima é a cidadania e tem como desafio olhar, aproximar, conversar sistematizar as informações advindas de diferentes grupos que fazem parte da cultura da cidade. Tal desafio torna-se maior, pois a arte será a forma de expressão sugerida aos que aceitar participar do projeto.


II - METODOLOGIA
A abordagem das pessoas será através de conversa informal, onde será explicitado o objetivo do projeto, e sua busca por adesão, sendo oferecido a cada pessoa um pratinho de papel para que ela possa nele colocar suas impressões sobre a cidade, sobre a forma como se identifica com a cidade. Ao final as pessoas serão convidadas a participar de um vídeo onde falarão sobre seu processo de produção bem como de suas impressões sobre a cidade.
II– JUSTIFICATIVA
A escolha da porta de entrada que são as pessoas que trabalham em diversas funções no Centro de Aparecida deve-se ao fato de ser um lugar bastante peculiar, por onde passo todos os dias, mas não conheço o que as pessoas pensam. Instigou-me a idéia de ver como as pessoas reagiriam à proposta de manifestarem seus saberes e percepções em um prato de papel através de uma poética pessoal, seja desenhando, colando, escrevendo, pintando, rabiscando.
As possibilidades de desenvolvimento da ação são viáveis, envolvem baixo custo de produção no seu desenvolvimento e terá um cronograma flexível, visto que dependerá da aprovação e aceitação das pessoas abordadas durante o processo.
III _ OBJETIVOS GERAIS
_Promover através da arte uma pesquisa sobre como as pessoas que trabalham no Centro de Aparecida de Goiânia se identificam com a cidade através das percepções dos diversos grupos envolvidos.
_Desmitificar o conceito de arte que as pessoas têm mostrando que através de suas produções elas estão fazendo arte e que a arte contemporânea é uma transmissora de idéias e não apenas de técnicas.
_ Possibilitar a reflexão sobre a percepção que as pessoas têm da cidade, em âmbitos gerais e pessoais visando conceber socialmente os saberes do povo sobre a cidade.
IV_ OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Estabelecer a diferença entre a ótica de cada grupo pesquisado, analisando suas percepções da cidade e a forma como concebem uma produção artística.
_ Perceber a relação de cada grupo com a cidade de acordo com a profissão e/ou função que ocupa na sociedade.



V – AVALIAÇÃO
_ A avaliação será de forma processual caracterizada pela observação empírica no decorrer do processo em contraposição com a teoria aprendida, bem como uma exposição dos trabalhos apresentados para a apreciação dos participantes e do público em geral.
_ Os recursos usados para registro do desenvolvimento da ação desse projeto serão fotografia e vídeo, onde alguns participantes explicarão o processo criativo de sua obra. Os mesmos serão publicados no blog conexoesartísticas.blogspot.com

VI – BIBLIOGRAFIA
Licenciatura em Artes Visuais: módulo 7/Universidade Federal de Goiás-Goiânia: FUNAPE,2010. Licenciatura-Ensino à Distância

ROTEIRO DO PROJETO


domingo, 26 de setembro de 2010

MINHA PROPOSTA POÉTICA

A CIDADE

Minha cidade não tem palmeiras

E muito menos sabiá

Mas tem gente trabalhadeira

Que se ergue antes do Sol

E se põe a laborar



Aqui tem um poeirão danado

Faltando o que foi prometido

Tem gente que leva vida de gado

Andando no transporte coletivo, espremido



Coisa bonita de se ver

E que tem por aqui

É a pracinha da Matriz

Tem a estátua do fundador e um belo chafariz



Na pracinha, as tribos se encontram

Conversam, brincam, namoram

Professam sua fé, protestam,

No fim de tudo se misturam



Minha professora diz que isso é multicuralismo

Mas sei cada uma tem sua peculiaridade

Vê e sente de forma diferente

Identificando-se com esta cidade





Me lanço então como pesquisadora

Pretendo descobrir os saberes dessa gente

E como se identificam com essa cidade

Descobrir o que cada tribo tem em mente



Andando a pé vou me descobrindo aqui também

A UFG abre as portas

E as pessoas me recebem muito bem

Estou ansiosa para ver o resultado desse trabalho

Desafiador, instigante, complicado,

Mas que nos obriga a ir além...









sábado, 28 de agosto de 2010

IMAGEM PRODUZIDA PARA O ATELIE DE POÉTICAS CONTEMPORÂNEAS


A imagem que criei foi inspirada no artista Rauschemberg. Que figura!! Como todos os outros de sua época era irreverente e apoderava-se do que já estava pronto para fazer sua arte.

Como minha primeira proposta, a de escrever um bilhete, com os dizeres "esta é minha imagem sobre criada para o Ateliê de Poéticas, se eu disser que é", foi totalmente refutada produzi esta utilizando algumas fotografias de minha caminhada que imprimi em preto e branco. Em seguida colei alguns recortes de revistas que ao meu ver tem a ver com a carta das cidades educadoras. Não gostei do primeiro resultado, a imagem ficou muito grande e depois de fotografa as colagens que fiz perderam-se no meio das fotos. Então utilizei o photoscap, um programinha para trabalhar com fotos e dei uma mexida nela. Gostei mais do segundo resultado.

Minha imagem conversa com o conteúdo da Carta das Cidades Educadoras no sentido de que de acordo com ela devem ser promovidas ações, tanto no âmbito formal como informal, para promover a melhoria do bem estar das pessoas. Tais ações devem se pautar no respeito à vida, ao ser humano, à natureza e à sustentabilidade, sendo compromisso de todos,sem distinção de raça, cor, gênero, posição social.


O SEGUNDO RESULTADO

O PRIMEIRO RESULTADO